terça-feira, 30 de junho de 2009

A PERSPECTIVA SOCIOLINGUÍTICA DA ALFABETIZAÇÃO

Atualmente as escolas passam por um processo de superação metodológica do ensino, isto quer dizer que começamos a romper com o tradicionalismo e seus métodos obsoletos, e finalmente praticar novas metodologias de ensino, que se utilizam do cabedal cultural que as crianças já trazem consigo no momento de seu ingresso na escola.
O Construtivismo faz parte desse conjunto de novas percepções educacionais. Este método de instrução defende o desenvolvimento cognitivo baseado nas informações oriundas do ambiente familiar e social, ou seja, o ensino é elaborado sobre as plataformas culturais do aluno.
No entanto, uma outra vertente da educação construtivista, chamado de sócioconstrutivismo, tem apresentado melhores resultados no desenvolvimento do processo de alfabetização. Este novo método de ensino defende a aprendizagem como resultado dos estímulos recebidos pelas crianças através de seus pais, que estão sensíveis as demandas de seus filhos e perceptíveis a sua responsabilidade de ajudá-los no processo de alfabetização.
Entretanto, estes estímulos são feitos através do uso de suportes literários, que podem ser livros, jornais, cartas, revistas em quadrinho, cartazes, rótulos entre outros. O contato com esses suportes desencadeia estímulos à alfabetização na fase pré-escolar. Além disso, um fator de grande importância pra o desenvolvimento da criança é a interação com os pais ou com outros adultos que possam lhes apresentar os suportes literários, ou seja, criar contextos alfabetizantes como:

- manipular os suportes literários com as crianças (livros, revistas, cartas etc.).
- olhar livros ilustrados, consultar jornais, apontar a agenda telefônica entre outros para que a criança saiba como utilizar cada suporte.
- ler em voz alta para que a criança possa ouvir e aprender nomes e relacioná-los aos objetos e colocar a criança em contato com a norma culta da escrita.
- relacionar contexto e texto, por exemplo, olhar o rótulo para saber onde está o nome do produto na embalagem, relacionar o nome em relação ao desenho.
- escrever com a criança, repetindo as palavras em voz alta fazendo-se de escriba para que ajude a criança a produzir um estilo formal de linguagem, despertando na criança o desejo de aprender a ler e escrever.
- induzir a criança a fazer perguntas sobre as formas gráficas da escrita, identificando as letras de acordo com o seu valor fonético.
- fazer com que a criança produza textos longos e não palavras isoladas ou frases que não tem sentido, apresentando-lhes os aspectos discursivos e textuais da linguagem escrita.

No entanto, apesar de algumas instituições já utilizarem ao método socioconstrutivista, ao ingressar na escola a criança enfrenta algumas dificuldades no processo de alfabetização principalmente aquelas que não receberam tantos estímulos para o desenvolvimento da leitura e da escrita devido a sua condição social. Em alguns casos a escola não consegue utilizar o conhecimento do aluno ou menospreza-o. Na visão da escola, é preciso desenvolver um trabalho para reconceitualizar todo o aprendizado da criança adquirido na fase pré-escolar. A partir daí inicia-se um conflito entre a linguagem do aluno e a linguagem da escola.
Segundo o autor Erick Jacobson os meios sociais definem os padrões de escrita de cada aluno, portanto os professores deveriam analisar a realidade sociolingüística do aluno para definir o seu ponto de partida na elaboração da metodologia a ser utilizada na alfabetização.
É bem verdade que o processo de alfabetização ocorre com mais eficácia quando em casa o aluno recebe os mesmos estímulos que receberá na escola facilitando a comunicação, mas quando isto não ocorre a escola não consegue interagir com o aluno. Este fato se dá porque a escola não analisa o meio sociolingüístico em que a escrita e a alfabetização se desenvolve, julgando-as como certo e errado chegando ao ponto de rechaça-los devido a comparações feitas com a escrita e alfabetização escolar.
Dentro da estrutura familiar o tipo de instrução que é dada, observando as diferentes classes sociais, é semelhantes ao processo estruturante escolar, ou seja, não desenvolve no aluno a capacidade de crítica, tolindo a sua capacidade de atribuir significado próprio as palavras.
Logo podemos observar que a estruturação do processo de alfabetização escolar é padronizada e, portanto, não atende as necessidades de todos os alunos.
Assim sendo, a escola não deve avaliar de forma negativa as associações temáticas da criança relacionadas a sua realidade, mas utiliza-la para mostrar o novo e o diferente, ou seja, que a realidade sociolingüística da criança seja o ponto de partida para o professor, apresentando ao aluno não somente a forma acadêmica mas também trabalhar a diversidade comunicativa, criando pontes entre elas. Isto proporciona ao professor trabalhar diversas formas lingüísticas e suas variantes.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

O USO DO SÓCIOCONSTRUTIVISMO NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

Segundo a professora Luciana algumas vezes o uso do socioconstrutivismo fica comprometido devido a ínfima bagagem dos alunos. Segundo ela em algumas regiões, principalmente as mais carentes, as crianças possuem uma bagaem nuito restrita impossibilitando a relaização de qualquer trabalho pedagógico baseado nos conhecimentos adquiridos por essas crianças. Acredito que mesmo assim ainda é possível extrair deste mar de horrores uma gota doce para então torná-la um grande manacial de conhecimento e saber.

terça-feira, 2 de junho de 2009


A última aula foi exposto o texto "Contextos de Alfabetização na aula" de Ana Teberosky e Núria Ribera, definimos alguns conceitos, mas o que mais me chamou atenção foi a diferença existente entre construtivismo e o cosntrutivismo social no contexto da alfabetização. Eles diferem-se pois o construtivismo parte da premissa de que o ensino é construído a partir do desenvolvimento intelectual do aluno que é estimulado no momento de seu ingresso na escola. Esta ideologia da educação não leva em conta o aprendizado que o aluno adquire em contato com o meio social, que pode ser a sua família ou outra forma de contato social. O construtivismo social parte da premissa de que o aluno em contato com o meio, já tem uma gama de conhecimentos foram desenvolvidos através de estimulos como, por exemplo. a leitura com os pais de algum livro, a escrita em voz alta e em conjunto com a criança entre outros. Este interacionaismo entre o meio e a criança, dentro do contexto alfabetizador, facilita o processo de ensino da leitura e da escrita.

Além disso, o contato da criança com materias que o convoque e desperte para a sua necessidade de parender a ler escrever é primordial para estimulá-lo para desenvolver estas habilidades.

Outro ponto chave da nossa aula aconteceu quando no decorrer do texto a autora deixa claro que o desenvolvimento intelectual se dá por estímulos. Nas classes mais abastadas as crianças são estimuladas a todo momento, com livros de histórias infantis, viagens e a dedicação de seus por disponibilar de tempo para desenvover com seus filhos atividades que o estimulem ao parendizado. Nas classes mais baixas, os pais nao disponibilizam de tanto tempo, pois, a maioria trabalha na maior parte do dia. Isto é o que Bourdier chama de aquisição de capital cultural. Sendo que o mas interessante é desmistificar a ideia de que os menos abastados possuem capacidade cognitiva inferior as crianças de classe média. Isto não é verdadeiro pelo fato de que todos recebem estímulos mas, de intensidades diferentes.